CUIABA
CUIABA
CRIME FOI ARQUITETADO E MONITORADO POR DIAS, APONTA INVESTIGAÇÃO.

CASEIRO CONFESSA TER MATADO ADVOGADO EM CUIABÁ; PM E CASAL SÃO APONTADOS COMO MANDANTES.
Araguaia Xingu News – ILARIO TAVARES
Em depoimento prestado na manhã desta quinta-feira (15) à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o caseiro A.R.Q.S. confessou ter assassinado o advogado R.N., em Cuiabá. A informação foi confirmada pelo delegado Bruno Abreu, responsável pela investigação.
Segundo o depoimento, A.R.Q.S. revelou que o policial militar H.T.P.V., já preso, foi o intermediador do crime e o responsável por entregar-lhe a arma utilizada no homicídio. O crime teria sido premeditado e executado com promessa de recompensa.
Na última semana, tanto o caseiro quanto o PM foram indiciados por homicídio qualificado, com as qualificadoras de promessa de recompensa e emprego de meio que impossibilitou a defesa da vítima.
Além da dupla, o casal J.G.B. e C.J.S. também foi preso, apontado como mandante do assassinato. Conforme apuração da Polícia Civil, o motivo do crime estaria ligado a interesses em uma propriedade rural avaliada em cerca de R$ 30 milhões, na qual R.N. teria envolvimento jurídico.
Caseiro e PM são indiciados por morte de advogado; crime seria cometido um dia antes
Iniciada na década de 1980, briga por terra milionária motiva morte de advogado
CRIME FOI ARQUITETADO E MONITORADO POR DIAS, APONTA INVESTIGAÇÃO
Durante as diligências da Polícia Civil, ficou constatado que tanto o policial militar H.T.P.V. quanto o caseiro A.R.Q.S. vinham monitorando a rotina da vítima por vários dias antes do assassinato.
Foi comprovado que, no dia anterior ao homicídio (4 de julho), A.R.Q.S. parou com uma motocicleta Honda Fan próximo ao escritório do advogado, no mesmo horário e local de onde efetuaria os disparos no dia seguinte, 5 de julho.
MOTIVAÇÃO FOI DISPUTA POR TERRAS AVALIADAS EM R$ 30 MILHÕES
Segundo apontam as investigações, a morte de R.N. teve como motivação uma disputa por terras no município de Novo São Joaquim, avaliadas em cerca de R$ 30 milhões.
O crime teria sido encomendado por R$ 200 mil. Um policial militar residente em Primavera do Leste foi o intermediador da execução, junto com o PM H.T.P.V., que é lotado em Cuiabá. O executor foi o caseiro A.R.Q.S..
A Polícia Civil já indiciou os envolvidos e prossegue com a apuração dos desdobramentos do caso.