A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Falso Profeta, visando desarticular uma organização criminosa envolvida em extorsão, ameaças e lavagem de dinheiro no estado. O grupo atuava impondo ordens a comerciantes e exigindo pagamentos, sob a justificativa de um suposto “projeto de distribuição de água”.

As investigações revelaram que a facção utilizava ameaças para coagir comerciantes, exigindo valores e forçando o cumprimento de ordens de seus “superiores”. Além disso, um caminhão específico era usado para distribuir a água da facção, sendo mantido em uma distribuidora pertencente a um dos integrantes do grupo, já identificado pela polícia.

Lavagem de dinheiro

Durante as apurações, a polícia identificou pessoas físicas e jurídicas envolvidas na lavagem do dinheiro obtido com as extorsões. Foram detectadas transações financeiras volumosas, sem comprovação da origem lícita dos recursos.

O estado do Rio de Janeiro, considerado o berço da facção criminosa, tem ligação direta com o esquema. O mentor do chamado “projeto da água” é um dos líderes da organização criminosa, e os vínculos apontaram para uma empresa do ramo de distribuição de água e bebidas, que atuava como “testa de ferro” da facção. Essa empresa era usada para dissimular transações financeiras, com o objetivo de remeter dinheiro ao crime organizado no Rio de Janeiro.

A operação recebeu o nome de Falso Profeta porque o principal alvo das extorsões também se apresenta como pastor em uma igreja na Capital.

Disque Extorsão

Para combater crimes como esse, o Governo de Mato Grosso lançou o serviço “Disque Extorsão contra Facções Criminosas”, pelo telefone 181 e de forma virtual ( https://portal2.sesp.mt.gov.br/e-denuncias/servlet/sesp.edenuncia.home ), por meio do programa Tolerância Zero. O canal permite denúncias anônimas, garantindo total sigilo