Um grave caso de bullying e negligência escolar veio à tona em Canabrava do norte. A mãe de um adolescente autista de 14 anos denunciou que seu filho, aluno da Escola Estadual, vem sofrendo abusos desde março de 2024, incluindo um episódio traumático em que o menino foi despido por colegas de classe e exposto nu diante de outros alunos.

Segundo relato oficial, a mãe só tomou conhecimento do fato três meses após o ocorrido, por meio de outros alunos da escola. Desde então, ela buscou respostas da direção da unidade, mas afirma ter sido tratada com descaso. Conforme seu depoimento, o diretor teria respondido de forma ríspida, dizendo que “não estava brincando de ser diretor”.

A situação do adolescente, que tem laudo comprovando o Transtorno do Espectro Autista (TEA), se agravou nos últimos meses. A mãe relata que ele passou a recusar-se a frequentar a escola, tornou-se agressivo e começou a se automutilar. O garoto atualmente faz uso do medicamento Risperidona para controle emocional, conforme receituário médico.

Outro agravante é a ausência de atendimento especializado. A escola, segundo a mãe, se recusa a oferecer o suporte em sala de recursos, alegando falta de laudo — mesmo com documentos entregues à coordenação desde 2024, incluindo relatório pedagógico e carimbos da direção.

A mãe, debilitada fisicamente por problemas de saúde, afirma que não sabe mais a quem recorrer. A situação já foi encaminhada à Ouvidoria do Ministério Público de Mato Grosso e ao Secretário de Estado de Educação, esperando providências urgentes.

Ela denuncia ainda que o filho tem sido excluído de atividades escolares pelos colegas, que o chamam de “burro” e “incapaz”, reforçando o quadro de bullying sistemático. O caso já foi registrado em boletim de ocorrência e possui encaminhamento médico com respaldo técnico da profissional de saúde, datado de 06/02/2025.