Na última terça-feira (19), a Câmara Municipal de Confresa foi palco de uma reunião acalorada entre representantes da Águas de Confresa, vereadores, o prefeito Ricardo Babinski, o vice-prefeito Moadil e membros da sociedade civil. O encontro teve como objetivo discutir as constantes reclamações sobre abastecimento de água, qualidade dos serviços prestados e cobranças indevidas.

Empresa promete melhorias, mas gera desconfiança

João Victor, coordenador de operações da Águas de Confresa, reconheceu os problemas e garantiu que medidas serão tomadas. Ele afirmou que a empresa está investindo na instalação de descargas de rede para minimizar reclamações sobre água suja e reforçou que cobranças indevidas podem ser revistas.

No entanto, o presidente da Câmara, Eder Cunha, expressou ceticismo: “São sempre as mesmas promessas. A cada 30 dias trocam o coordenador, mas os problemas continuam.” Ele afirmou que, se necessário, uma nova CPI será aberta para pressionar a empresa.

Prefeito exige planejamento e respeito ao consumidor

O prefeito Ricardo Babinski cobrou um cronograma mais organizado de obras para evitar transtornos à população. Ele criticou a prática da empresa de cortar o asfalto sem recompor corretamente, além de exigir um alinhamento entre a concessionária e a prefeitura para evitar desperdício de recursos públicos.

Cobrança de esgoto e qualidade das obras são questionadas

Moradores denunciaram que estão sendo cobrados pela taxa de esgoto sem ter acesso ao serviço. O veterinário José Pereira Cordão destacou que essa cobrança é irregular, conforme a Lei Federal 11.445/2007. Outro ponto de revolta foi a taxa de 90% sobre o valor da água em casos de vazamento interno.

Além disso, moradores do bairro Jardim do Éden relataram que o asfalto recém-concluído foi quebrado pela empresa pouco tempo depois para novas obras, evidenciando a falta de planejamento.

Conclusão

A reunião mostrou a insatisfação generalizada da população com os serviços prestados pela Águas de Confresa. Enquanto a concessionária promete melhorias, vereadores e moradores cobram ações concretas. Caso as mudanças não ocorram, medidas políticas e judiciais poderão ser tomadas para garantir um serviço de qualidade à população.

Fonte Jornal O Araguaia – Fotos Maribel Languidey